WOODEN WAND (EUA)

Nas palavras de Michael Gira, líder dos míticos Swans e patrão da actual editora do músico, a Young God Records, James Jackson Toth, também conhecido como Wooden Wand, “é um grande escritor de canções Americano em todo o seu esplendor e potência”.

James é um cantautor genuíno, animado e emanando o mesmo espírito e carisma dos mestres da country fora-da-lei Willie Nelson, Waylon Jennings ou mesmo Hank Williams. Se Nashville ainda fosse o sítio para ir e viver de vender grandes canções, James seria o Rei. As suas canções alinham naquela tradição onde o sujeito se emerge e embarca em diversas façanhas e epifanias, de arrebatamento a desespero num trago, mas imbuídas de um humor negro reconfortante ao longo do caminho da narrativa, deixando-nos rendidos ao misticismo da Viagem.

James lançou álbuns no passado nas editoras Kill Rock Stars e Ecstatic Peace de Thurston Moore, dos Sonic Youth, tendo Lee Ranaldo produzido um dos seus mais celebrados, James and the Quiet. Teve também uma breve passagem na histórica major Ryko Disk Records, do grupo Warner, onde lançou Waiting in Vain em 2008. Uma obra admirável que infelizmente não mereceu a promoção e difusão merecida no mundo moderno.

Na muito aguardada presente tour europeia em que se encontra, vem promover o novo álbum Death Seat, que tem sido alvo de críticas elogiosas à sua música erguida de comprometimento e paixão, nascida de experiência ganha arduamente e por isso mesmo recompensadora, nestes tempos de frivolidades passageiras para muitos.