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sáb 12 abr 22H00
TEATRO | MÚSICA | 7,5€
FESTEATRO’08 | PASSE GERAL 12,5€ | PASSE 2 FINS-DE-SEMANA 10€
80 MIN. | M/16
MÃO MORTA - OS CANTOS DE MALDOROR
DE CONDE DE LAUTRÉAMONT | ENCENAÇÃO DE ANTÓNIO DURÃES
[+ info]
Texto Original: Isidore Ducasse dito Conde de Lautréamont
Selecção, Versão Portuguesa e Adaptação: Adolfo Luxúria Canibal
Música: Miguel Pedro, Vasco Vaz, António Rafael e Mão Morta
Encenação: António Durães
Cenografia: Pedro Tudela
Figurinos: Cláudia Ribeiro
Vídeo: Nuno Tudela
Desenho de Luz: Manuel Antunes
Interpretação: Mão Morta (Adolfo Luxúria Canibal – voz / Miguel Pedro – electrónica e bateria / António Rafael – teclados e xilofone / Sapo – guitarra / Vasco Vaz – guitarra e xilofone / Joana Longobardi – baixo e contrabaixo)
Produção: Theatro Circo e IMETUACooperativa Cultural
A partir de Os Cantos de Maldoror, a obra-prima literária que Isidore Ducasse, sob o pseudónimo de Conde de Lautréamont, deu à estampa nos finais do séc. XIX, os Mão Morta, com os dedos de alguns cúmplices, estruturaram um espectáculo singular onde a música brinca com o teatro, o vídeo e a declamação.

Aí se sucedem as vozes do herói Maldoror e do narrador Lautréamont, algumas imagens privilegiadas das muitas que povoam o livro, sem necessidade de um epílogo ou de uma linearidade narrativa, ao ritmo da fantasia infantil – o palco é o quarto de brinquedos, o espaço onde a criança brinca, onde cria e encarna personagens e histórias dando livre curso à imaginação.

Em similitude com a técnica narrativa presente nos Cantos, a criança mistura em si as vozes de autor, narrador e personagem, criando, interpretando e fazendo interpretar aos brinquedos/artefactos que manipula as visões e as histórias retiradas das páginas de Isidore Ducasse, dando-lhes tridimensionalidade e visibilidade plástica. São esses quadros/excertos, que se sucedem como canções mas encadeados uns nos outros, recorrendo à manipulação vídeo e à representação, que fazem o espectáculo.

Como um mergulho no mundo terrível de Maldoror, povoado de caudas de peixe voadoras, de polvos alados, de homens com cabeça de pelicano, de cisnes carregando bigornas, de acoplamentos horrorosos, de naufrágios, de violações, de combates sem tréguas… Sai-se deste mundo por uma intervenção exterior, como quem acorda no meio de um pesadelo, como a criança que é chamada para o jantar a meio da brincadeira – sem epílogo, sem conclusão, sem continuação!

Maldoror – o disco - é uma edição de luxo, limitada a 3.000 exemplares e vendida exclusivamente nos teatros onde o espectáculo é apresentado, que tem o formato de um pequeno livro de capa rígida forrada a tecido contendo os excertos de Os Cantos de Maldoror utilizados acompanhados por ilustrações da artista plástica Isabel Lhano. Não haverá reedições, pelo que esta é uma das poucas oportunidades de adquirir o disco.
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