Desde a sua estreia que os Wraygunn não pararam de crescer, baseados em dois alicerces fundamentais: por um lado os discos, reconhecidos pela crítica e pelo público como autênticos marcos no novo rock produzido em Portugal; por outro, os espectáculos intensos apresentados por uma máquina Rock’n’Roll oleada ao pormenor, considerada por muitos a melhor banda portuguesa ao vivo.
Os Wraygunn são, neste momento, um dos projectos mais excitantes dentro da nova música portuguesa, com uma carreira invejável a nível internacional. Foram disco do ano no diário francês Liberation e na revista Epok, disco do mês na revista Rock´n´folk, são presença assídua em páginas de imprensa tão variada como a Paris Match, Time Out London, Les Inrockuptibles, só para nomear alguns.
Este espectáculo destina-se a apresentar o último trabalho dos Wraygunn, Shangri-la (que foi presença assídua no Top+, da RTP1), considerado Disco Português do Ano pela revista Blitz. Este trabalho está mais uma vez impregnado de música negra, desta vez a Soul e o Funk, mas está também inundado de electrónica analógica e até de pitadas de groove disco como meios de renovação da herança primordial da banda – o mais irreverente e iconoclasta Rock’n’Roll. A não perder esta oportunidade de os ver ao vivo, já que a tournée prossegue em Abril para Espanha, França, Suiça, Bélgica e Alemanha.
"...a obra maior dos Wraygunn, um exercício de variações sobre as normas clássicas do rock, escrito para deitar abaixo qualquer palco que a banda pise."
**** (4/5) João Bonifácio, in Ípsilon, Público
Os Sean Riley & The Slowriders, que recentemente editaram o álbum de estreia Farewell, farão a primeira parte do espectáculo.
Sean Riley é um songwriter com uma maturidade invulgar para um estreante, detentor de uma voz de múltiplas virtudes e notável projecção, simultaneamente versátil e encantadora. A sua guitarra destila meio século da história do pop/rock.
Um piscar de olhos a nomes como Bob Dylan, Nick Cave, Velvet Underground ou Townes Van Zandt, num estilo único no nosso país.