sex 18 jun 22H00

MÚSICA | 5€ | 3,5€ [C/DESC. HABITUAIS]
PASSE GERAL FESTIM CTE | 12€ | 8€ [C/DESC. HABITUAIS]
75 MIN. | M/3

RENATO BORGHETTI (BRASIL)

festim – festival intermunicipal de músicas do mundo
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Gaita-ponto (concertina): Renato Borghetti
Flauta e sax: Pedro Figueiredo
Guitarra: Daniel Sá
Piano: Vitor Peixoto

O fabuloso gaúcho Borghetti regressa com a sua gaita-ponto, um misto de concertina e acordeão usado no sul do Brasil, para arrebatar de novo o público português.
Apesar de igualmente viajeiro, Borghetti não terá na Europa a fama de Kepa, mas goza de estatuto idêntico por toda a América do Sul, idolatrado nas pampas do sul do seu Brasil, do Uruguai e da Argentina. Borghetti, para além de músico conceituadíssimo, é um símbolo da tradição gaúcha: toca como um possuído - o que causa ainda maior impressão a quem conhece as limitações deste instrumento - e é uma figura fascinante: alto, cabeludo, tímido e com aquele chapéu invariavelmente inclinado sobre o rosto. Isso somado às típicas botas gaúchas e às alpargatas de corda com que se apresenta em palco, constrói uma figura mista de roqueiro e "gaudério" tão autêntica que acaba sempre por demolir a assistência.

Renato e a sua gaita-ponto são inseparáveis. Com ela já brilhou a solo, já se apresentou com inúmeras formações instrumentais, das mais simples às mais arrojadas, até já tocou com orquestra sinfónica. Alternando trabalhos mais simples e gauchescos com momentos de maior sofisticação e acenos para o jazz e a música erudita, Borghetti tem sabido cercar-se dos melhores músicos. Perde-se já a conta aos prémios ganhos em festivais no Brasil, deu concertos em cidades europeias que vão de Paris, Munique, Estugarda a Viena. Com cada vez mais sucesso em investidas europeias, chegou já a gravar e lançar discos seus no velho continente e participações em trabalhos de outros artistas. Entretanto, o maior marco da carreira deste gaúcho foi ter ganho pela primeira e única vez em todo o Brasil, um disco de platina com um álbum exclusivamente instrumental. Isso aconteceu era Borghetti pouco mais que adolescente. Agora, rapaz trintão, vai já na quinzena de álbuns editados.