TEATRO | 5€ | 3,5€ C/DESC. HABITUAIS
Criação Colectiva
Direcção Artística: André Braga e Cláudia Figueiredo
Interpretação: André Braga e João Vladimiro
Participação na Interpretação e Criação: António Júlio (1ª fase)
Direcção e Concepção Plástica: André Braga
Dramaturgia: Cláudia Figueiredo
Composição Musical: Alfredo Teixeira
Desenho de Luz: Cristóvão Cunha
Desenho de Som: Harald Kuhlmann
Figurinos: Rute Moreda
Construção: Duarte Costa (coordenação), Hugo Almeida, Nuno Brandão, Tudo Faço/Américo Castanheira e João Pedro Rodrigues
Coordenação Técnica e Operação de Luz: Francisco Tavares Teles
Direcção de Cena: Ana Carvalhosa
Operação de Som: André Pires
Palco e Montagem: Nuno Guedes
Produção: Ana Carvalhosa (direcção) e Cláudia Santos
Criação em co-produção com o Teatro Nacional São João e em colaboração com o Centro Cultural de Belém
Circolando é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura/Direcção Geral das Artes
Apoios: Fundação Calouste Gulbenkian; IEFP/Cace Cultural do Porto
Produção Executiva: Corropio, Lda.
“Se nos perguntassem qual o benefício mais precioso da casa, diríamos: a casa abriga o devaneio, a casa protege o sonhador, a casa permite sonhar em paz.”
Gaston Bachelard
Com um teatro dançado, sem palavras e próximo da poesia, Quarto Interior fala-nos dos quartos que transcendem a geometria. Refúgios do sonho, estes espaços mínimos crescem sem limites. Abrem-se para integrar o vento, as árvores e os pássaros.
São quartos que estão em nós. Longe, em nós. Quartos feitos de tempo. De grossa pele-memória. Moradas do espaço íntimo onde guardamos um tempo suspenso, quase esquecido: o tempo de todas as idades da inocência.
Num lugar longe de tudo, um quarto.
Um quarto de portas e janelas voltado para uma árvore.
Um quarto mínimo. Cama, mesa, banco.
Um quarto com camadas de tempo e lembrança.
Lá dentro, alguém cumpre a função essencial de o habitar. Sonha.
Pelo sonho, transcende a geometria do quarto. As paredes movem-se.
Transportam-nos para outros lugares, para outros tempos.
No Inverno da vida, recriamos a Primavera. A chegada dos pássaros. O nascimento dos ovos. A sementeira dos campos.
Ciclo Poética da Casa
Com o ciclo “Poética da Casa” prosseguimos a nossa procura das paisagens do sonho. Insistimos nos manifestos poéticos que invocam um homem inconformado que inventa outros mundos. Mundos onde prevalece o tempo dos espantos e da beleza.
Desta vez, procuramo-los nas moradas do espaço íntimo… casas, sótãos, quartos, abrigos de memórias e devaneios.
Ciclo de longa duração na Circolando, “Poética da Casa” reúne em si três projectos: “Quarto Interior”, “Casa-Abrigo” e “Mansarda”.
Circolando
Sob direcção artística de André Braga e Cláudia Figueiredo, Circolando desenvolve a sua actividade desde 1999. Vem afirmando a singularidade do seu projecto artístico com a criação e difusão de espectáculos que propõem um teatro visual e interdisciplinar que cruza o teatro físico, a dança, o teatro de objectos, o circo, a música e o vídeo.
Um teatro dançado que habita as paisagens do sonho. Um teatro próximo da poesia que traz histórias libertas de toda a lógica narrativa. Histórias que, mais do que contadas, querem-se livremente inventadas por um espectador contemplativo. Histórias que não pretendem oferecer um sentido, mas despertar todos os sentidos... com imagens, músicas, cheiros, emoções...
Desde a sua fundação, Circolando cria “Caixa Insólita”, “Giroflé”, “Charanga”, “Cavaterra”, “Quarto Interior”, “Casa-Abrigo” e “Mansarda”, associando propostas de rua e ar livre a projectos para espaços interiores mais ou menos convencionais, numa busca incessante de novas experiências e desafios. Desde 2006, vem também consolidando uma nova vertente na programação a que chama Projectos-Satélite. Projectos de artistas associados, colaboradores regulares da companhia com quem existe uma profunda identificação artística.
A itinerância é sem dúvida uma das marcas do projecto, sendo exemplar a sua capacidade de aliar descentralização e internacionalização. Fora de Portugal, Circolando já foi acolhida em Espanha, França, Bélgica, Itália, Holanda, Reino Unido, Alemanha, Áustria, Polónia, Eslovénia, Brasil, Marrocos, Coreia do Sul e China. Vem reunindo críticas muito positivas, alargando o reconhecimento e visibilidade do projecto.
Reveladoras deste facto são sem dúvida as múltiplas entidades de reconhecido mérito que vêm co-produzindo e apoiando o projecto, destacando-se, aqui, entre outras, o Ministério da Cultura, o Teatro Nacional São João, o Centro Cultural de Belém, o Teatro Viriato, a In Situ Rede Europeia para a Criação das Artes de Rua, a Próspero Rede Europeia de Teatros, a Fundação Calouste Gulbenkian e o IEFP/Cace Cultural do Porto.