5€ | 3,5€ C/DESC. HABITUAIS
PASSE GERAL 100CENAS | 15€ | 12€ C/DESC. HABITUAIS
PASSE 3 ESPECTÁCULOS 100CENAS | 12€ | 9€ C/DESC. HABITUAIS
Coreografia | Espaço Cénico | Desenho de Luz e Multimédia: Rui Horta
Música Original: Tiago Cerqueira
Textos : Rui Horta e Tiago Rodrigues
Intérpretes: Anton Skrzypiciel, Vivien Wood, João Martins, Livia Balazova
Composição vídeo: Guilherme Martins
Programação Software: Rui Madeira
Apoio Dramatúrgico: Tiago Rodrigues
Direcção Técnica: Nuno Borda de Água
Produção: Ana Carina Paulino
Co-produtores: CCB, O Espaço do Tempo, CCVF, TNSJ, TEMPO, Teatro de Laboral – Gijón
O Espaço do Tempo é uma estrutura subvencionada pelo Ministério da Cultura/DGArtes e pela Câmara Municipal de Montemor-o-Novo.
Talk Show é uma obra para quatro intérpretes e duas colunas de som. Um questionamento sobre o corpo enquanto sistema comunicante e sobre o seu desaparecimento ao longo da vida no território maior da sua evidência, o amor.
Um homem e uma mulher falam um com o outro à frente de uma plateia. As suas linguagens são simultaneamente a voz e o corpo. Falam de tudo e sobretudo através dos seus corpos, depositários do tempo, testemunhas de uma longa viagem. O corpo é a nossa única propriedade. Tudo o que realizamos tem a sua medida, tanto no espaço como no tempo.
Talk Show é um road movie do corpo. Uma viagem onde a memória se inscreve no decifrar do passado e no momento do ajuste de contas , face ao futuro. Um exercício de curiosidade e inquietude perante o desconhecido. Quando o corpo se apaga , o que resta?
“A proposta é arriscada, a atmosfera fica densa, mas o resultado é bem conseguido... O coreógrafo dirigiu na direcção certa uma óptima equipa e explorou um conceito de multimédia interessante.”
4 estrelas - Paulo Varanda in Público
Um homem e uma mulher falam um com o outro à frente de uma plateia. A sua linguagem é a voz e o corpo. Falam do seu percurso, da cartografia das suas vidas partilhadas. Falam de tudo, mas falam sobretudo dos seus corpos depositários do tempo, testemunhas de uma longa viagem.
O corpo é a nossa única última propriedade. Quando o corpo se apaga, o que resta? José Gil diz que a “única coisa que temos é, de facto, o nosso corpo”. E daí temos igualmente as memorias nele inscritas, na pele, como interface com o mundo.
Tudo o que realizamos tem a medida desse mesmo corpo, tanto no espaço como no tempo: Espaço onde nos movemos fisicamente e mentalmente; tempo de um dia, onde uma fracção de segundo, mas sempre balizado pelo tempo de uma existência. Nessa medida “Talk Show” é um road movie do corpo. Uma viagem onde a memória se inscreve no decifrar do passado e no momento de ajuste de contas, frente ao público.
A pergunta permanece: “Quando o corpo se apaga, o que resta?” Talvez uma profunda ironia...Talvez. E, com muita sorte, talvez também uma grande bonomia face ao desconhecido, ainda mais efémero, pois ainda nem começou. “Talk Show” é construído em três partes, alicerçadas num espaço cénico mutante, onde a arquitectura e a imagem são essenciais para a percepção.
Duas zonas distintas – a frente e o atrás. O presente e o passado, separados por uma tela translúcida (5m X 3,5 m), que permite não só a projecção, mas igualmente a transparência do olhar.
Na frente o espaço é dividido entre uma longa mesa separada ao meio e um rectângulo de 5m X 4 m, onde se desenrola a acção.
Através da tela, uma cama de casal suspensa, abraçada por uma plataforma igualmente suspensa, permite 2 níveis de acção.
“Talk Show” é uma obra para 4 intérpretes e 2 colunas de som. Dois intérpretes muito jovens, e dois intérpretes mais velhos.
Na primeira parte a acção é determinada pelos mais jovens, testemunhada e comentada pelos mais velhos, que ocupam a mesa na retaguarda. O som da voz de cada um sai, respectivamente, pelas colunas que estão suspensas.
Na segunda parte, os intérpretes mais jovens passam para trás da tela, despem-se e ocupam a cama, que é filmada, em alta definição e plano geral do topo, e projectada a preto e branco na tela. Os intérpretes mais velhos ocupam, nesta altura, o centro do palco e determinam, por sua vez, a acção.
A acção, no entanto, é na frente da tela: as duas colunas de som baixaram e ocupam agora o lugar dos intérpretes no centro do palco. O dialogo entre ambas é um relato poético e irónico da viagem filmada na retaguarda, um flash back de momentos passados que desencadeiam outros tantos comentários, especulações e trocas de opinião. O som das colunas torna-se omnipotente e a peça termina com a ausência dos corpos, no escuro, com o
final do diálogo emitido pelas colunas.
Na terceira e última parte, os intérpretes estão todas atrás da tela. Os mais velhos despiram-se e ocupam agora a cama e os mais novos subiram para a plataforma. Atrás da tela, os dois jovens filmam agora (em macro) os corpos
maduros dos outros intérpretes, uma viagem através da cartografia da pele, ampliada e ganhando, desta forma, novos significados.