5€ | 3,5€ C/DESC. HABITUAIS
PASSE GERAL 100CENAS | 15€ | 12€ C/DESC. HABITUAIS
PASSE 3 ESPECTÁCULOS 100CENAS | 12€ | 9€ C/DESC. HABITUAIS
A partir do texto inédito Inês Morre de Miguel Jesus
Encenação: Anatoly Praudin
Coordenação Artística: João Brites
Composição Musical: Jorge Salgueiro
Espaço Cénico: Rui Francisco
Figurinos e Adereços: Clara Bento
Desenho de Luz: João Cachulo
Vídeo: Artica (André Almeida e Guilherme Martins)
Apoio à dramaturgia: Odette Bereska
Assistência à Direcção Artística: João Neca
Interpretação: Estêvão Antunes, Helena Afonso, Horácio Manuel, Ivo Alexandre, Miguel Borges, Sara De Castro e Susana Blazer
Criação: Teatro O Bando
Co-produção: Fundação Centro Cultural De Belém
Parceria: Centro Cultural Vila Flor, Centro Cultural e de Congressos de Caldas Da Rainha, Teatro Virgínia, Cine-Teatro De Estarreja, Teatro Municipal De Bragança, Teatro De Vila Real, Câmara Municipal de Sines, Teatro Municipal Da Guarda, Associação de Amigos de D. Pedro e D. Inês
Apoio: Escola da Noite
Coordenação de Projecto e Apoio à Oralidade: Miguel Jesus
Tradução: Leah Lyubomirskaya
Apoio à Tradução: Nailia Baldé
Apoio à Corporalidade: Ainhoa Vidal
Execução Cenográfica: Leonel & Bicho
Acessoria Técnica: Lima Ramos
Execução de Figurinos: Teresa Louro
Costura da Lã: Margarida Lança
Apoio aos Adereços: Catarina Martins e Maria José Fernandes
Direcção de Montagem: Fátima Santos
Captação e Edição de Som: Ponto Zurca (Sérgio Milhano e Tiago Romão)
Coro das Trinta Mulheres: Adriana Santos, Ana Bilbao, Ana Duarte, Ana Gonçalves, Ana Luísa Santos, Ana Marta Santos, Ana Silva, Artemisa Martins, Carolina Ferreira, Cátia Fernandes, Claudia Alves, Débora Lima, Elisabete Miranda, Elisabete Pedreira, Iara Elias, Isabel Lobato, Joana Andrade, Joana Broega, Joana Duarte, Liliana Pereira, Maria Amaral, Maria Da Soledade, Maria Elisabete Luis, Maria Zamora, Mariana Barreiros, Mariana Gama, Marta Abreu, Mecildes Da Silva, Rebeca Martins, Tânia Ramalho, Thelma Cunha
Agenciamento do Coro: Spiritbreaks
Fotografia: Pedro Soares e Ana Teixeira
Agradecimentos: Raquel Belchior, Marco Martin, Paulino Tavares, Fernanda De Castro, Anabela Mendes, Ana Lúcia Palminha, Paulo Neves, Direcção-Geral De Reinserção Social (pela cedência da Igreja do Convento da Cartuxa de Caxias), Daniel Pinto, Gonçalo Amorim, Marco Paiva
Com um agradecimento especial a Teresa Lima
Este Espectáculo integra as Comemorações dos 650 Anos da trasladação de D. Inês de Castro de Coimbra para Alcobaça
O Teatro bando é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura / DGArtes e apoiada pela Câmara Municipal de Palmela
Uma narrativa profundamente enraizada na cultura e na tradição portuguesa revista pelo Teatr’O Bando, com Miguel Borges e Susana Blazer no elenco.
Pretendendo revisitar e reinventar a história de Pedro e Inês e partindo do texto inédito Inês Morre, de Miguel Jesus – o qual caminha progressivamente dum registo dramático e realista para o poético e para o metafórico – o Teatro bando convidou Anatoly Praudin, Director do Experimental Stage of Baltic House, em S. Petersburgo, a criar um espectáculo onde a sua visão externa, profundamente influenciada pela tradição teatral russa, pudesse levantar novas inquietações sobre esta lenda e espalhar uma nova luz sobre este mito. Só no mito conhecemos o que se esconde da História. Só no mito vemos a paixão crescer para lá deste mundo. Só no mito sentimos a culpa e a vingança dos que vivem e morrem. Só no mito ouvimos os coros que ecoam os sons da loucura. Só no mito bebemos o vinho escarlate que tem o gosto do sangue. Só no mito gritamos a nossa voz de povo rude e impune.
Assim, foi também convidada a dramaturgista Odette Bereska, a qual trabalha sobretudo em Berlim, onde foi Directora Literária do Carrousel Theater an der Parkaue e do projecto europeu Magic-Net, de modo a que se pudessem criar ligações e cruzamentos com outras lendas e contos europeus semelhantes.
O convite lançado a Miguel Jesus para que criasse um texto inédito, promovendo também o contacto do Teatro bando com novos autores portugueses e as novas dramaturgias, resultou no texto Inês Morre. Num registo dramático e realista que caminha progressivamente para o poético e para o metafórico, o texto actualiza esta temática conferindo-lhe um cariz intemporal que explora sobretudo as relações de culpa e de vingança que se estabelecem entre os vários personagens envolvidos no assassinato de Inês.
Desenvolvido em co-produção com a Fundação Centro Cultural de Belém e em parceria com o Centro Cultural Vila Flor, o Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Rainha, o Teatro Municipal de Bragança, o Teatro de Vila Real, o Cine-Teatro de Estarreja, a Câmara Municipal de Sines, o Teatro Municipal da Guarda, o Teatro Virgínia e a Associação de Amigos de D. Pedro e D. Inês, o espectáculo conta com a presença de Estêvão Antunes, Helena Afonso, Horácio Manuel, Ivo Alexandre, Miguel Borges, Sara de Castro e Susana Blazer. A música coral de Jorge Salgueiro, interpretada e gravada por um conjunto de trinta mulheres, cria texturas atonais e imaginárias. Tal como todo o espectáculo, a concepção visual e cenográfica não se baseia numa visão histórica ou de retrato medieval, mas antes numa visão que cruza vários elementos, modernos e ancestrais. A Máquina de Cena presente torna-se assim num dispositivo onde os actores se movem e contagiam, se equilibram e se prendem.
Diz-nos, diz-nos, ó história esquecida
Quem compra com a morte o que paga com a vida
Diz-nos, diz-nos, ó cidade demente
Qual o sangue culpado, qual o sangue inocente
Diz-nos, diz-nos, ó pátria maldita
Quanto sangue em ti chora, quanto sangue em ti grita
Diz-nos, diz-nos, ó terra tão santa
Quanta morte em ti grita, quanta morte em ti canta
Diz-nos, diz-nos, ó vil escuridão
Se trazes a morte na voz, se trazes a morte na mão
Diz-nos, diz-nos, ó sombra vizinha
Quem só depois de ser morta conseguiu ser rainha
Diz-nos, diz-nos, ó história esquecida
Quem compra com a morte o que paga com a vida
Um atlas para Inês
[…] Elejo Inês morre, a primeira obra dramática escrita por Miguel Jesus, como prefiguração para um pequeno atlas, à maneira de Warburg, em que a História e suas representações não se voltarão a repetir senão enquanto parcelas de um todo entre si ligado e ao qual nos podemos sentir unidos, pese embora o reconhecimento de que fendas, fissuras, fundas brechas são também marca inapagável. Na História de Portugal e suas fundações encontra o jovem autor a matéria com que nos surpreende, na qualidade de poeta e dramaturgo, ao construir como um iniciado a sua peça. Entre acções e tempos que desenham o longe da primeira dinastia portuguesa e o longe dramatúrgico que ao destinatário contemporâneo chega (a questão do ponto de vista é absolutamente essencial) descobrem-se naturais parecenças representacionais no percurso da revisitação aos amores de Pedro e Inês e de como a razão de Estado se torna assassina pela mão humana.
Se as correspondências se revelam inspiradoras na apropriação selectiva da história, lenda e mito, distinto é o modo – o entretecer da linguagem – como são dados alicerces a Inês morre. Só uma certa Inês sai desventurosa de um envolvimento que o amor-paixão já não habita, porque muitas questionações lhe trazem embargo. Uma outra Inês, que o título também contém, debate-se com a sombra de si mesma, com a fragilidade de ser mulher e outra mulher, corpo que foi e ainda é […]. O que morre em Inês? O puro sentimental. O que nasce em Inês?
Um programa dinâmico de conhecimento estético e ético que no seu radical questionamento e sustentada inquirição ganha vizinhança com um grande julgamento, onde à quase totalidade
dos intervenientes é dado porem-se em causa violentamente contrariando o carácter único de cada ser. A crueldade é intemporal, a ignomínia tem repetição, o que é pérfido pode ser
legitimável. Somos deste modo convocados para um território de linguagem belíssima e irrepreensível em permanente expansão e contracção, onde a metáfora é rainha […] Não se ocupa em demasia da perspectiva histórica e sociologicamente comum a muitos outros reinos europeus no séc. XIV, e mesmo em períodos posteriores, a peça de Miguel Jesus. O jovem dramaturgo prefere reconfigurar este assunto à luz das grandes tragédias clássicas, shakespearianas e, arriscaria dizer, müllerianas. Um enorme desafio para quem com humildade acredita que cada degrau deve ser subido ou descido tantas vezes quanto o necessário. […] A estratégia seguida ocupa-se de um enovelar e desenovelar de motivos recorrentes e circulantes, cuja eficácia resulta de uma opção de uso restrito dos mesmos, talvez uma insuspeita coreografia – a caça, o fogo, o sangue, a vida e a morte. O infortúnio dos amores de Pedro e Inês deixou de ser uma história de paixão e tragicidade, prosseguindo agora o seu trajecto como um factor de compensação decifrado (mortos de verdade mas sempre vivos), através do qual são inquiridas: a sede íntima pelo poder, a justiça que nunca é justiça, a inocência que se oculta na perversidade, a solidão que não vislumbra como se pode ser amado e ser feliz. […] Enquanto cria drama com as suas palavras, o autor faz-nos escutar música que nos enriquece, que nos abeira da autenticidade dos sentimentos primordiais e que em nós desperta compaixão. […]
Anabela Mendes, Port Lockroy, Janeiro 2011
excertos do prefácio de Inês morre, Edições Galateia
Anatoly no bando
Conheço Anatoly Praudin há mais de dez anos. Para ser mais preciso, vou conhecendo-o através das obras que dirige com os seus actores russos, quando periodicamente cruzamos os nossos espectáculos no quadro de programas de intercâmbio cultural europeu. Neste momento, a convite do Teatro bando, encena pela primeira vez em Portugal e, agora sim, compreendo melhor como este carismático e respeitado encenador stanislavskiano constrói os espectáculos que eu tanto admiro.
Como explicar? À mesa nunca falamos muito, mas nos ensaios a que assisto apercebo-me das longas e apaixonantes dissertações que reflectem uma habilidosa, intrincada e estimulante análise dos conflitos internos das personagens. Percebo melhor como tão bem aproveita a iniciativa e a criatividade destes actores, totalmente implicados, conduzindo-os a inesperadas situações cénicas. Compreendo melhor como se afasta de um qualquer realismo mimético ao aplicar as referências de um Stanislavski, não psicologista, no trabalho de actores; e do genial Tchékhov que soube tão bem tratar as contraditórias e compulsivas pulsões das personagens ficcionadas.
Se Anatoly Praudin invoca e exige algum registo autobiográfico no trabalho do actor é para credibilizar a assumida teatralidade da obra artística, o que resulta num discurso cénico coerente mas profundamente dilacerado. É como o pintor que vive a sua intransponível solidão como artista e que constrói, de forma obsessiva, os múltiplos esboços que o hão de conduzir a uma pintura final que parece querer perdurar. O espectáculo que se anuncia parece querer perdurar e resistir inexplicavelmente à efemeridade.
Acredito que esta estreia assinalará um momento inesquecível na nossa trajectória peculiar como grupo de teatro. Também porque, ao mesmo tempo, dá a conhecer este belo poema épico de Miguel Jesus, que edita o seu primeiro texto como escritor; e conta com Sara de Castro que, como actual membro da direcção da cooperativa, e como atenta e reflectida actriz, é a garante de outro registo vivo de uma experiência que não pode deixar de ter as suas consequências. Este inusitado processo de elaboração de espectáculos vai contribuir e ajudar a esclarecer o registo singularista da nossa criação teatral.
João Brites, Palmela, 21 de Fevereiro de 2011
Não tenho medo de parecer grandíloquo ao afirmar que o Teatro bando é um Teatro Ideal. Aqui, longe de vaidades e do ruído vão, habita a verdadeira Arte. Aqui trabalham as pessoas
para quem o teatro não é um simples ofício mas uma maneira de ser. Os espectáculos que presenciei mostraram-no com toda a clareza. Espectáculos espirituais, poéticos e muito bonitos. Estou feliz e orgulhoso por ter esta grande sorte – por poder experienciar este maravilhoso fenómeno do mundo do teatro, o Teatro bando.
Anatoly Praudin, Palmela, Fevereiro 2011
Trinta Mulheres. Todas Inês. Sangue feito de vinho que escorre dos pés a sangrar de trinta Inês. Vinho feito de sangue que tinge as faces das Inês, as trinta. Escorre dos pés para as faces. A indigente canta recordações de infância que são o tempo futuro dos que ignoram. A enorme sala da corte. Ou será a igreja, a ala maior do hospício ou os claustros do convento? Um órgão, um bombo, um trombone e a caixinha de música. Tudo o resto é prazer ou tragédia.
em 2011, Jorge Salgueiro, no mês da purificação
Fazer parte desta equipa temporária ou definitiva é um enorme privilégio. Entramos na sala escura e há belezas escondidas por detrás do brilho final no palimpsesto vivo. As entranhas dos meios não ultrapassam o destino final. Colectivo. Nada disso, mas é muito bom respirar com o embrião, embalá-lo, ouvir as primeiras vozes e depois deixá-lo voar. O espectáculo ganhar vida e nós ganharmos vida com ele. Foi assim que vivi Pedro e Inês. Com vontade de me levantar da cama, de ver mais, de cheirar melhor, de ouvir tudo, de sentir muito. Porque todos os dias, naquela sala desarrumada, com a maior harmonia, algo acontecia. Ver acontecer, para perceber que tudo isto não é magia. É Teatro.
Pedro e Inês foi sobretudo partilha e comunhão. O Miguel Jesus estava ali, o artesão das palavras. Sem memórias póstumas. Sem teses de mestrado, sem biografias. Ali. Connosco. Vivo como o texto. Que crescia de mão dada com a encenação. As palavras impressas viraram sujeito. Do outro lado, Anatoly Praudin deambulava pelo palco. Pisava-o bem. Calcava as escadas. Sentia o peso das coisas. As palavras depois de cada improviso deixavam logo vontade de começar de novo. Já! Mas ele fazia esperar aquele grupo brilhante. Não só de actores mas de pessoas de um imenso mas saudável alucínio. Fazia crescer a água na boca de onde o poético registo saía e arrepiava os corpos numa vertigem de querer sempre mais...amanhã. Deixava-se traduzir é certo, mas ele enganou-nos bem. Foi de longe o melhor tradutor de um grupo que falou sempre a mesma língua.
João Neca, Palmela, Fevereiro 2011
Notas Biográficas
Miguel Jesus │ Texto
Nasceu em Lisboa, em 1984. Licenciou-se em Artes do Espectáculo pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboae estudou bateria durante vários anos. É cooperante do Teatro bando, onde trabalha em comunicação, conteúdos e dramaturgia. Poeta e dramaturgo, publicou a sua primeira peça, Inês morre, e prepara uma colectânea de versões de poemas de Yeats, da rosa o espinho. É fundador do colectivo GALATEIA.
Anatoly Praudin │ Encenação
Nasceu a 24 de Abril de 1961, em Riga, no seio de uma família com uma grande tradição teatral. Em 1986 graduouse em Encenação pelo Instituto de Teatro, Música e Fotografia de Leninegrado. Trabalhou no Vladimir Drama Theater, em Sverdlovsk, e encenou espectáculos em Riga, Odessa, Chelyabinsk, Omsk, Amsterdão, Saratov e São Petersburgo. Em Junho de 1996 tornou-se director artístico do Teatro da Juventude de São Petersburgo e dois anos depois, com parte da sua equipa, fundou o Experimental Stage, grupo que tem a sua sede e espaço de trabalho no grande teatro Baltic House, na mesma cidade. Tem trabalhado e encenado textos de Antón Tchékhov, Lev Tolstói, Gabriel García Marquez e Daniil Kharms, entre outros. Actualmente dá aulas de Representação e de Encenação na Academia Nacional.
João Brites │ Coordenação Artística
Artista plástico, cenógrafo, encenador e dramaturgista, é fundador e Director do Teatro bando e lecciona na Escola Superior de Teatro e Cinema. É o comissário da Representação Oficial Portuguesa na 12ª Quadrienal de Praga.
Jorge Salgueiro │ Composição Musical
Nasceu em Palmela, compõe desde os 14 anos e é autor de mais de 170 obras. Foi compositor residente da Banda da Armada e é actualmente compositor residente da Foco Musical. Faz parte da Direcção Artística do Teatro bando.
Rui Francisco │ Espaço Cénico
Nasceu em Almada em 1968 e licenciou-se em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da UTL. É Cooperante e faz parte da Direcção Artística do Teatro bando. A sua actividade divide-se entre a Arquitectura e a Cenografia.
Clara Bento │ Figurinos e Adereços
É natural do Porto e formada pelo Curso Geral de Escultura da Escola de Belas-Artes do Porto. Já trabalhou com vários grupos de teatro e desde 2001 que faz parte da Direcção Artística do Teatro bando.
Teresa Lima │ Oralidade
Licenciada em Filologia Românica, fez o curso de Arte de Dizer
do Conservatório de Lisboa e o curso de Formação de Actores da Comuna. Actualmente é professora de Voz na ACT. Faz parte da Direcção Artística do Teatro bando.
João Cachulo │ Desenho de Luz
Iniciou a sua actividade profissional como assistente de cenografia e operador de luzes nos Artistas Unidos. Faz parte da equipa do Teatro bando sendo o responsável pela Direcção Técnica e pelos Desenhos de Luz.
Odette Bereska │ Apoio à Dramaturgia
É licenciada em Estudos de Teatro pela Universidade de Humboldt. Foi Directora Literária do Carrousel Theater an der Parkaue e actualmente é responsável pela Direcção Literária do projecto europeu Platform11+.
João Neca │ Assistência à Direcção Artística
Nasceu na Guarda em 1988. Licenciou-se em Estudos Artísticos na Faculdade de Letras da UC, e está a concluir o estágio de mestrado no Teatro bando. É director artístico do grupo Gambozinos e Peobardos.
Estêvão Antunes │ Coelho
Iniciou a sua formação em 2001 no curso de Expressão Dramática do Chapitô dirigido por Bruno Schiappa e licenciou-se em 2009 na Escola Superior de Teatro e Cinema. Trabalhou profissionalmente com Jorge Silva Melo, Pedro Marques, Dinarte Branco, Joana Craveiro, Fernanda Lapa e Ricardo Araújo Pereira, entre outros. É co-fundador dos FIASCO.
Helena Afonso │ Corifeu
Fez o Curso de Canto no Conservatório Nacional de Lisboa. Deu inúmeros recitais no país e no estrangeiro, bem como espectáculos de teatro musical e alguma ópera. Tem participado em séries televisivas e espectáculos de teatro, tendo já colaborado com Ricardo Pais, João Lourenço, Luis Miguel Cintra, Joana Craveiro, Pedro Wilson, Tito Celestino da Costa, Fernando Gomes, Lisbon Players, Paulo Matos e Filipe La Féria, entre outros.
Horácio Manuel │ Afonso
Fez os seus estudos no Delmetscher Institut Munich e seguiu outros cursos de formação no teatro Old Vic e com Augusto Boal. É cooperante do Teatro bando, o qual integrou em 1975. Já trabalhou com um grande número de criadores, participou em séries televisivas e trabalhou em cinema com Paulo Rocha, Margarida Gil e Luís Filipe Rocha. Encena no grupo de teatro A.T.A. e no Teatro de Objectos.
Ivo Alexandre │ Pacheco
Licenciou-se no Balletteatro Escola Profissional e frequentou o curso de Filosofia da Faculdade de Letras do Porto. Já trabalhou com diversos encenadores e realizadores, como Joaquim Benite, Mário Barradas, Carlos Pimenta, Giorgio Barberio Corsetti, Rogério de Carvalho, Luís Miguel Cintra, Nuno Carinhas, Ricardo Pais, Nuno Cardoso, Tiago Guedes, Frederico Serra e Paulo Castro. Tem trabalhado em várias séries televisivas.
Miguel Borges │ Pedro
Frequentou o Curso da Escola Superior de Teatro e Cinema e foi membro dos Netos do Metropolitano e das Marionetas de Lisboa. Já trabalhou com os mais diversos encenadores e realizadores, como Miguel Guilherme, Stephan Stroux, Luís Miguel Cintra, João Fiadeiro, João Garcia Miguel, Teresa Villaverde, Florence Strauss, Manuel Mozos, Frederico Serra, Tiago Guedes, Edgar Pêra e Jorge Silva Melo. É sócio fundador da Tá Safo.
Sara de Castro │ Teresa
Formada pela Escola Superior de Teatro e Cinema, é actriz profissional desde 1998 e tem trabalhado com diversos criadores e encenadores. Participou como actriz em vários espectáculos do bando e desde 2006 que faz parte da equipa fixa como assistente da direcção. Cooperante do Teatro bando, é actualmente a responsável pela Gestão Administrativa e pela Coordenação Geral da equipa.
Susana Blazer │ Inês
Nasceu em 1985. Licenciou-se em Artes do Espectáculo na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e ingressou na Escola Superior de Teatro e Cinema. Com o Grupo de Teatro da Nova participou em dois espectáculos premiados pelo FATAL. Com formação em dança, recebeu em 2003 o Prémio Primeira Bailarina da Escola de Ballet da Sociedade Filarmónica Cartaxense. Trabalhou com o Teatro bando no espectáculo Quixote.
TEATRO BANDO |
Fundado em 1974 e constituindo-se como uma das mais antigas cooperativas culturais do país, o Teatro bando assume-se como um colectivo que elege a transfiguração estética enquanto modo de participação cívica e comunitária. As criações do bando definem-se pela sua dimensão plástica e cenográfica, marcada sobretudo pelas Máquinas de Cena, e pelo trabalho dramatúrgico. Na sua maioria de autores portugueses, os textos encenados são a grande parte das vezes obras não dramáticas, às quais a forma teatral confere outra comunicabilidade. O Teatro bando continua a procurar o singularismo das suas criações através duma metodologia colectivista onde se procura a diferença, a interferência, a ruptura, a colisão dos pontos de vista. Rural ou urbano, adulto ou infantil, erudito ou popular, nacional ou universal, dramático
ou narrativo ou poético – tais as fronteiras que o bando se habituou a transgredir. Ao longo do seu trajecto o grupo esteve ligado a múltiplos projectos nacionais e internacionais e a aposta na itinerância continua a levar vários espectáculos por todo o país e por além fronteiras. Depois de diversas moradas, de há onze anos para cá que o Teatro bando habita uma Quinta em Vale dos Barris – Palmela, onde se encontra um número ainda insuspeito de palcos potenciais feitos de estrelas, de oliveiras e penedos.