sáb 28 mai 22H00

TEATRO | 5€ | 3,5€ C/DESC. HABITUAIS

EM VIAGEM

TRIGO LIMPO TEATRO ACERT
ESPECTÁCULO COMUNITÁRIO
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Texto
a partir de “A viagem” de Sophia de Mello Breyner Andresen
e “História Trágico-Marítima” de Bernardo G. de Brito

Dramaturgia: colectiva
Encenação: Pompeu José
Poemas e Produção Musical: José Rui Martins
Música: A Cor da Língua
Cenografia e Design Gráfico: Zé Tavares
Figurinos: Ruy Malheiro
Interpretação: Ilda Teixeira, Pompeu José, Raquel Costa, Ruy Malheiro e Sandra Santos. Participantes locais

A proposta para este espectáculo comunitário tem por base uma narrativa dramatúrgica resultante do cruzamento do conto A Viagem de Sophia de Mello Breyner Andresen e a História Trágico-Marítima de Bernardo G. de Brito.

Trata-se de um espectáculo com um cenário e um elenco base do Trigo Limpo teatro Acert que integrará elementos da comunidade que terão uma formação em construção (de vime), movimento e interpretação nos três dias anteriores à apresentação.

Um casal (que pode lembrar os antigos descobridores) parte em viagem. Chegam a uma encruzilhada. Devemos estar a chegar – disse o homem. E continuaram.
Devemos estar enganados. Devemos ter vindo por uma caminho errado – disse a mulher. Com certeza que nos enganámos no caminho. O que é que vamos fazer?
- Seguir em frente. E seguiram…

Numa sucessão de enganos o casal acaba por chegar a vários sítios mas continua sempre a perder-se e não encontra nunca o caminho de regresso. Estes vários locais que encontra são as narrativas da história trágico-marítima.

“…e fomos até ter vista da ilha, mais por teima que por outra coisa e não achámos saída; e não achando saída fizemos um bordo de sudoeste para a contrabanda donde viemos, onde andámos quinze dias sem poder sair com muita chuva, vento e frio. E nisto andámos resgatando mantimento. E metemo-nos em um rio pequeno onde estivemos três dias. Aqui veio um filho do xeque da terra, a que eles chamam Feluz, e esteve falando com D. Luís, e trouxe de presente um galo e um pouco de arroz e lhe deram um barrete vermelho e mais um pedaço de pano vermelho pintado. E ao outro dia veio o pai e trouxe dois galos e um fardinho de arroz e levou outro barrete e uma bracelete de prata…”